Uma comitiva formada por presidentes e diretores das principais entidades rurais argentinas conheceu nesta terça-feira (22/3) as ações desenvolvidas em benefício da agropecuária brasileira pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). O grupo esteve na sede da entidade, em Brasília, e fica no Brasil até quinta-feira, onde terá uma extensa agenda para trocar experiências com representantes do setor no País. A programação inclui também visitas aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Desenvolvimento Agrário (MDA), Meio Ambiente (MMA), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) eOrganização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Na abertura do encontro, o presidente da Comissão Nacional de Relações Internacionais da entidade, Carlos Sperotto, explicou o funcionamento do Sistema Patronal Rural e destacou a importância de estreitar o relacionamento entre os dois países. "Foi uma visita que mostra o respeito que eles têm pelo que o segmento rural representa aqui e para conhecer o funcionamento dos vários setores da agropecuária", enfatizou Sperotto, que também é vice-presidente da CNA. Ele também mostrou aos argentinos os principais números referentes ao agronegócio brasileiro. A questão da logística e da infraestrutura foi outro tema abordado no encontro. O presidente da comissão que trata do assunto na CNA, José Ramos Torres de Melo Filho, falou sobre os principais gargalos enfrentados pelo setor, que impede um volume maior de exportações dos produtos do agronegócio em razão das dificuldades para se escoar a produção até os portos. Para ajudar a solucionar essa barreira, ele voltou a defende a melhoria da infraestrutura para que a safra também seja levada até os terminais portuários do Arco Norte, para permitir o escoamento da produção principalmente dos estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. "Isso poderia desafogar os portos do Sul e do sudeste do País. Temos discutido a questão frequentemente com o governo", relatou. Já o presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Assuero Doca Veronez, abordou a legislação ambiental, revelando as dificuldades que o produtor rural enfrenta diante das várias exigências e entraves ao setor impostas pelo atual Código Florestal. Ele também expôs as discussões no Congresso Nacional para a atualização do código e informou que haverá uma grande mobilização em Brasília no dia 5 de abril em favor da reformulação da legislação ambiental. A expectativa é que o ato reúna de 15 mil 20 mil produtores na capital federal. "Há 14 anos estamos tentando adaptar a lei à realidade do setor agropecuário e temos esperança que agora o diálogo poderá representar grande avanço", disse. Em seguida, a chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social (DEPPS) do SENAR, Andréa Barbosa Alves, fez uma exposição sobre os programas do SENAR e os resultados obtidos. Segundo dados apresentados por ela no encontro, as ações de Formação Profissional Rural já beneficiaram 800 mil pessoas em 40 mil turmas por ano, enquanto as atividades de Promoção Social contemplam anualmente 300 mil produtores. Citou, ainda, vários programas do SENAR, como o Útero é Vida, Inclusão Digital Rural, Ciranda da Cultura, Mãos que Trabalham, Programa Empreendedor Rural, Negócio Certo Rural, SENAR Rondon e o programa de cooperação internacional, feito em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação 9ABC), para promover o treinamento de mão de obra para ajudar a desenvolver o setor agropecuário na África. No final do encontro, os argentinos também assistiram a um vídeo sobre o Projeto Biomas, desenvolvido em parceria com a Embrapa com o objetivo de garantir a produção de alimentos aliada à preservação ambiental. O 2º vice-presidente da Sociedade Rural Argentina (SRA), Luís Miguel Etchevehere, fez questão de destacar o desempenho do agronegócio brasileiro e a atuação do produtor rural brasileiro neste processo. "O Brasil passou por um verdadeiro milagre econômico e este milagre foi promovido pelo produtor brasileiro", enfatizou. O grupo que veio da argentina tem 25 integrantes, que representam a Sociedade Rural Argentina (SRA), Confederação Intercooperativa Agropecuária Cooperativa Limitada (Coninagro), Confederações Rurais Argentinas (CRA) e Federação Agrária Argentina (FAA). Também participaram da visita os presidentes da SRA, Hugo Luis Biolcati, da CRA, Mario R. Llambias, da Cominagro, Carlos Alberto Garetto, o 2º vice-presidente da FRA, Júlio Curras, e diretores das quatro entidades. Assessoria de Comunicação CNA Telefone: (61) 2109 1411/1419 www.canaldoprodutor.com.br