O Sistema Farsul cobra do Estado redução permanente da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações interestaduais do trigo em grão. Na última semana, o presidente da Comissão do Trigo, Hamilton Jardim, e o economista do Sistema Farsul, Antonio da Luz, reuniram-se com o secretário da Agricultura, Ernani Polo, e o secretário adjunto da Fazenda, Luiz Antonio Bins. O encontro teve como foco os prejuízos para os produtores de trigo gaúchos, que dependem da medida para ganhar competitividade em relação ao principal concorrente, o Paraná. "O pleito é reduzir de 12% para 2%, permanentemente, a alíquota de ICMS para quando há operações entre estados. Com a equiparação com o Paraná, a expectativa do preço para os produtores deve aumentar, incentivando o plantio no próximo inverno", relatou Jardim, destacando a alíquota reduzida permanente de 2% que o vizinho do Sul dispõe. O fator se soma ainda a outras vantagens, como o fato de o Paraná produzir mais cedo e estar mais próximo de mercados importantes, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, diminuindo custos de frete. O apoio do governo estadual seria, assim, determinante para o Rio Grande do Sul manter a área plantada de trigo na última safra. "Caso contrário, a redução vai ser grande", projeta o presidente da Comissão do Trigo da Farsul. "O produtor está desestimulado, está preocupado com os altos custos de produção, com a ausência de reajuste até então do preço mínimo", afirma. O Sistema Farsul espera posicionamento do Estado até o início de maio.