Farsul

Inverno rigoroso preocupa criadores de ovinos

Inverno rigoroso preocupa criadores de ovinos


Criadores de ovinos do Rio Grande do Sul estão preocupados com o inverno rigoroso e buscam formas de proteger o rebanho das baixas temperaturas, uma das causas de mortalidade de cordeiros. Devido ao maior número de nascimentos programados para a época de inverno e ao frio intenso dos últimos dias no Estado, a mortalidade de cordeiros aumentou, principalmente animais com menos de 3kg que são mais vulneráveis à uma hipotermia. Para evitar o problema, o coordenador da Comissão de Ovinos da Farsul, Nilson Missel, diz que algumas alternativas de manejo de rebanho podem ser adotadas na hora do parto como a identificação por meio de cores - pintura feita no peito dos animais - e revisão de potreiros com o objetivo de localizar ovelhas com dificuldades de parição. "O principal é as ovelhas fazerem a parição em potreiros abrigados", acrescenta Missel. Outra causa de mortalidade de ovinos são os ataques de predadores como javalis, leão-baio e cães, que também ocorrem em animais adultos. O coordenador salienta que o abigeato é mais um fator que preocupa os criadores, "já que os ovinos são animais mais suscetíveis ao roubo". Em um momento em que o Estado tenta ampliar seu rebanho, Missel alerta para a importância do programa Mais Ovinos, criado pelo governo estadual para incrementar a produção de carne e lã. "O programa teve duas linhas de financiamentos liberadas para aquisição de matrizes reprodutoras e para retenção de matrizes". O programa, implantado há cinco meses oferece para aquisição de matrizes e reprodutores, as linhas de crédito operadas pelo Banrisul, com prazo para pagamento de até cinco anos (com dois de carência) e taxa de juros de 1% a 6,75% ao ano. Os juros variam de acordo com os programas Pronaf, Pronamp ou Empresarial. Para retenção de matrizes está disponível crédito com taxas de juros que variam de 2% a 5,75% ao ano, com prazo de pagamento de três anos (com até um ano de carência) e sendo financiados 100% do valor da fêmea com idade até seis meses, e 80% do valor do ovino com mais de seis meses.