Farsul

Ministra da Agricultura é recepcionada em reunião-almoço na Farsul

Entidades que representam produtores rurais levaram reivindicações a Tereza Cristina


- (André Feltes / Agência Preview)

A Casa da Farsul na Expointer virou um grande ponto de encontro de entidades representativas de setores do agronegócio, presidente da CNA e de Federações da Agricultura de todo o Brasil e políticos da bancada rural gaúcha. O objetivo foi levar as reivindicações dos produtores rurais à ministra da Agricultura, Tereza Cristina da Costa Dias. A ministra recebeu documentos com reivindicações dos setores de leite e de arroz e disse que está ciente dos problemas e em busca de alternativas para a renegociação de dívidas dos arrozeiros: "Não podemos prescindir do setor arrozeiro. Temos a preocupação de deixar esse setor de pé novamente. Vamos falar com a Federarroz e com o Banco do Brasil, para ver se a gente acha uma alternativa. Estamos buscando alternativas junto às instituições de crédito para a questão do endividamento e do juro, mas por enquanto ainda não temos uma solução definitiva", disse Tereza Cristina.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ressaltou que o Governo do Estado está alinhado com o Governo Federal em relação ao setor rural e espera trabalhar em cooperação para reduzir o custo para os produtores e melhorar a competitividade. Segundo Tereza, não há soluções fáceis "O seguro rural foi uma batalha dura, conseguimos colocar R$ 1 bilhão no seguro. Mas hoje o seguro ainda é muito caro. Temos conversado com as seguradoras, queremos que essa seja uma ferramenta de auxílio a todos os produtores rurais, mas é uma tarefa árdua".  

O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, lembrou à ministra a contribuição do agronegócio para a balança comercial brasileira e a importância de acessar novos países compradores: "O Brasil vai continuar crescendo. Em breve chegaremos a 300 milhões de toneladas de grãos e precisamos continuar achando mercados, afinal o agronegócio teve uma importante contribuição à economia brasileira nos últimos anos".

O presidente da CNA, João Martins, reiterou que o agronegócio brasileiro tem muito a crescer antes de atingir o seu limite e reforçou a necessidade de ter um planejamento de governo que considere a agropecuária do futuro, com alta tecnologia. Só assim, o setor poderá avançar em produtividade, segundo ele.

A ministra aproveitou a oportunidade para anunciar que a Indonésia abriu seu mercado para a carne brasileira. Inicialmente, a cota prevê a entrada de 25 mil toneladas de carne bovina, notícia comemorada pelos convidados à reunião almoço. Dez frigoríficos estão habilitados para fornecer carne ao país asiático.

Sobre as queimadas na região da Amazônia, a ministra afirma que é necessário trabalhar com o monitoramento de dados confiáveis para que seja possível medir a evolução das queimadas em períodos de seca e revelou que haverá uma sala no Ministério da Agricultura que trabalhará não apenas com o monitoramento dos índices agronômicos, bem como informações zootécnicas e ambientais. Além disso, ressaltou a importância de levar assistência técnica e tecnologia a quem tira o seu sustento da atividade rural.