A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, junto com as principais entidades do agronegócio do país, está engajada no combate a comercialização de medicamentos veterinários ilegais. A primeira campanha nacional antipirataria, lançada durante a Expointer 2014, disponibiliza a partir de outubro um site que possibilita realizar denúncias desses produtos de forma sigilosa e anônima.
No endereço https://denuncieprodvetpirata.org.br/ é possível conhecer detalhes da campanha "Quem Cria Pra Valer Não Aceita Pirata". O principal objetivo da iniciativa é informar toda a cadeia produtiva sobre os riscos do uso de medicamentos falsificados, contrabandeados, sem registros e formulações caseiras. O espaço destinado às denúncias garante total anonimato a quem indicar empresas que praticam alguma ilegalidade na comercialização dos produtos.
O assessor técnico do Sistema Farsul, Luiz Alberto Pitta Pinheiro, lembra que os medicamentos legalizados passam por longos processos de avaliação que garantem a qualidade e eficiência dos produtos. "A utilização de produtos que não são submetidos a testes, de histórico desconhecido, é sempre um risco e deve ser evitada", reforça.
Entre os problemas que podem acontecer com produtos piratas, Pitta destaca a grande possibilidade da ineficiência dos tratamentos propostos. Outro risco é o da existência de substâncias não identificadas devido a um processo produtivo desconhecido que podem ser danosas aos animais. "Eles podem conter em sua composição elementos que, além de não exercerem a função, são capazes de determinar prejuízos aos animais e, consequentemente, ao produtor", explica.
Além da Farsul, também fazem parte da campanha a ABCZ, ABIEC, ABMRA, ABPA, APA, ASSOCON, ASBRAM, CNA, CRMV-RS, CNPC, FAESP, FONESA, SBMV, SINDAN, SINDIRAÇÕES e SRB.