O Conselho Diretivo do Grupo Farm ? Federação das Associações Rurais do Mercosul se reuniu no fim da tarde desta quinta-feira, com participação de membros do grupo no Brasil, na Bolívia, Argentina, no Paraguai e Uruguai. A senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária no Brasil (CNA),também prestigiou o encontro. O presidente pro tempore do grupo Farm, Carlos Sperotto, também presidente do Sistema Farsul, disse que o encontro é preparatório para uma reunião maior, a ocorrer na Expo Prado 2013, no Uruguai. Uma das pautas foi a condição de navegabilidade pela Lagoa Mirim. ?Um assunto que interessa a todos os países do Mercosul?, apontou Sperotto. Os membros do grupo Farm no Uruguai salientaram a importância de fazer desaparecer a fronteira agrícola entre os países, para então valorizar as terras e as vidas dos produtores rurais. Sperotto complementou afirmando que o grupo Farm é um somatório de intenções e que o Rio Grande do Sul e o Brasil estão dispostos para apoiar os projetos. A ideia é consolidar um programa de integração regional que preveja a construção de rotas de acesso e ferrovias para o escoamento da produção agrícola. Também foi discutida a reativação do convênio entre Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que deve promover conferências e cursos de qualificação e tecnificação de jovens. O presidente do grupo Farm Jovem, Luis Fernando Pires, ressaltou que a demanda agrícola dobrará até 2050 e que as lideranças jovens do Mercosul precisam estar preparadas para enfrentar esta nova situação. Por fim, o economista da Farsul, Antônio da Luz, apresentou aos presentes a palestra ?Agricultura contemporânea: alto valor agregado mas baixa competitividade?, disponibilizando dados sobre a tributação. ?O agronegócio é importante para o crescimento e desenvolvimento econômico, por isso os produtos que advêm da agricultura não podem ser classificados como básicos ou primários?, afirma.