A Federação das Associações Rurais do Mercosul (FARM), presidida por Mario Llamas (titular da Confederação Rural da Argentina) esteve reunida em Santiago do Chile, de 22 à 25/10, durante a XIX Reunião Ordinária do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) para discutir diferentes temas relacionados à agricultura. Entre os temas tratados, sobreos aspectos sanitários da região, a FARM manifestousatisfação com as ações desenvolvidas nos últimos meses na região, relacionadasà febre aftosa, e destacou o esforço conjunto e apoio à Bolívia na erradicação desta doença. Outro tema debatido na ocasião, tratou das negociações entre MERCOSUL-União Européia (UE). A FARM reafirmou a prioridade dada à conclusão de um acordo entre o Mercosul e a UE, dado o significado que teria sobre o setor agrícola da região. Além disso, a Farm argumentou que o objetivo de melhorar o acesso ao mercado europeu representa um crescimento significativo do comércio de produtos agrícolas da região, contribuindo decisivamente para a consolidação do bloco como grande fornecedor de alimentos para o mundo. Com relação à questão da mudança climática e produção agrícola, a Farm reiterou a sua rejeição pelo tratamento que o setor agrícola está recebendo dos organismos oficiais do campo (Convenção das Partes da ONU, FAO, etc), queacusam o agronegócio como um dos principais setores que contribui para o efeito estufa. Por outro lado, a Farm manifestou interesse no desenvolvimento de obras de infra-estrutura nos países membros nas áreas de energia, estradas, recursos hídricos, portos, etc. Nesse sentido, considerou importante pleiteara realização de estudos para atender às necessidades de produção na região e levantar as medidas necessárias para sanar as deficiências de infra-estrutura existentes, e potencializar a complementação entre os países da bloco. Eles argumentaram que um esforço coordenado, a este respeito contribuirá para o desenvolvimento político, económico e social dos países, levando a um maior bem estar dos povos. Finalmente, a Farm apresentou ao Conselho de Ministros do Cone Sul a questão da conservação do solo e gestão da água. Nesse sentido, o Mercosul ampliado é a área do continente com maior potencial de crescimento na produção de alimentos, tanto paraprópria população como para atender à demanda de um mercado global crescente, em virtude da abundância de solos à desenvolver e inúmeros recursos hídricos. É por isso que consideraram indispensável aplicar políticas que permitam aos produtores controlar a erosão dos solos, tanto hídrica como eólica, que são observadas nas mais diversas regiões.Também expressa necessidade da realização de obras hidráulicas para atenuar inundações, produzir energia e incorporar grandes áreas irrigadas.