Farsul

Inauguração Oficial da Expointer marca bom momento do agronegócio

Cerimônia aconteceu na manhã desta sexta-feira no Parque de Exposições Assis Brasil


- Marco Quintana / Divulgação Sistema Farsul

Coragem para realizar a edição deste ano da Expointer de forma presencial e o bom momento do agronegócio deram o tom dos discursos da cerimônia de inauguração oficial da 44ª da feira. O evento aconteceu na manhã desta sexta-feira (10/9), no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio e contou com a presença da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina.
O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, destacou o novo cenário mundial em produção de alimentos, onde o Brasil divide o posto de maior produtor do mundo juntamente com os Estados Unidos. Conforme Gedeão, os países não são concorrentes, mas complementares pois os períodos de safras ocorrem em períodos diferentes no ano. "Nós, conscientes daquilo que produzimos, precisávamos e ainda precisamos produzir ainda mais, porque se alimentamos 1 bilhão de pessoas no mundo sem deixar de atender 200 milhões de brasileiros, precisamos vender o Brasil lá fora e por ter a honra de acompanha-la, pude ver como a ministra faz isso", falou ao se referir a ministra Tereza Cristina.
Gedeão também falou do papel do país diante do cenário internacional citando o exemplo dos dois casos de Vaca Louca confirmado nesta semana. "Nós que trancamos a exportação, avisamos a OIE. Nós avisamos o Brasil e o mundo que tínhamos o problema. Isso significa a responsabilidade de como nos apresentamos para o mundo", avalia. Ele também comentou sobre o anúncio do crescimento do PIB do Rio Grande do Sul no segundo trimestre de 2021. "Governador, espetaculares as notícias de hoje. É verdade que temos uma base fraca, mas o agro contribuiu com um crescimento de 103%. Mas, temos problemas a resolver como filigranas jurídicas que impactam e empacam a irrigação", comentou citando os problemas enfrentados pelos produtores para conseguir licenciamentos para projetos de irrigação e completou, "o que temos que achar é a segurança jurídica para que o produtor faça o barramento para instalar o equipamento. O que temo que fazer é minimizar os impactos porque a seca vai voltar", declarou.
O presidente do Sistema Farsul também falou do programa Duas Safras que vem sendo construído conjuntamente pelo Sistema Farsul, ABPA e Embrapa e que, recentemente, teve a Fecoagro integrando a ação. "Não estamos satisfeitos ainda com a agricultura gaúcha. Estamos implementando esse caminho", afirmou. Ele chamou a atenção para o fato de que os grandes mercados asiáticos, especialmente a China, que compram do Brasil e hoje já adquirem grandes quantidades de soja e carnes virão atrás de milho que já apresenta déficit para a demanda interna. "Nós temos que continuar crescendo, não tem alternativa é um ganha-ganha pra todos. Assim o mundo está exigindo. Este é o nosso cenário, de todo nosso potencial, de tudo que podemos fazer e nossos gargalhos", define.
"Senhoras e senhores, tenhamos fé! A agropecuária tem respondido e ela nunca respondeu tanto e foi tão exigida como neste período de Covid. Nós não só garantimos as prateleiras brasileiras, como exportamos para duzentos países", concluiu Gedeão.

Gedeão Pereira, presidente do Sistema Farsul (Foto: Emerson Foguinho / Divulgação Sistema Farsul)


A ministra Tereza Cristina aproveitou a cerimônia para entregar às mãos do governador do Rio Grande do Sul o certificado da OIE que dá ao Rio Grande do Sul o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. "Ao todo são 40 milhões de cabeças que deixam de ser vacinadas, cerca de 20% da população bovina brasileira. Esse reconhecimento significa confirmar o elevado padrão da nossa pecuária e o Mapa pode trabalhar na abertura de novos mercados", comemorou.
A titular da pasta destacou outros números do estado que garantem ao Rio Grande do Sul o posto de quarto lugar em valor de produção agropecuária entre os estados brasileiros. "E vocês podem crescer muito mais. O Segunda Safra está aí. Temos a Embrapa estudando alternativas para o estado produzir mais. Quando você tem duas safras, aumenta a renda do produtor", garantiu. A ministra também falou da diversidade da produção agropecuária do Rio Grande do Sul, "é o estado que apresenta maior frequência nas Câmaras Setoriais do Ministério da Agricultura", informou.
Tereza Cristina também falou que o produtor vem fazendo sua parte nas questões legais sobre o Meio Ambiente, como o preenchimento e atualização dos dados no CAR e da importância do Poder Público para garantir a imagem do Brasil. "Abrir mercados para o agro nacional tem sido prioridade desde que entrei no governo. O objetivo é diversificar a pauta tanto de produtos, quanto de destinos. Implementar o Código Florestal é lei e irá garantir a boa imagem da agricultura no mundo e acabar com problemas de restrições", analisou ao informar que 25% das áreas de preservação estão em propriedades rurais. "O produtor é o guardião do meio ambiente e segurança alimentar", afirmou.
O governador do Estado, Eduardo Leite, destacou que a Expointer representa as principais características do campo. "Parte da explicação do desempenho da economia gaúcha nós encontramos aqui", disse. O governador declarou que a realização da Expointer foi uma ousadia do agronegócio inspirado pelos resultados da última safra e novo status sanitário. Leite aproveitou a ocasião para fazer um balanço das ações de sua gestão para o setor. Também se pronunciaram na tribuna a Secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti; o presidente da Febrac, Leonardo Lamachia; o presidente da Ocergs, Vergílio Perius; o presidente do Simers, Claudio Bier; o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel; e o prefeito de Esteio, Leonardo Pascoal.
Durante a cerimônia foi entregue a Medalha Assis Brasil, mais alta distinção do Estado concedida à pessoas que tenham se destacado por serviços de excepcional mérito na agricultura e pecuária, para a ministra Tereza Cristina e para o superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli. Também foi realizada uma homenagem para profissionais que precisaram adotar novos protocolos para seguir suas atividades e garantir o atendimento à população durante a pandemia, assim como para vítimas do Covid-19 e seus familiares.

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 Inauguração Expointer 2021