A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse nessa quinta-feira (8/12) que o novo Código Florestal deve ser sancionado ainda em 2011 para evitar "a criminalização da agropecuária e dos produtores rurais". Ela abordou o tema durante entrevista coletiva, na sede da entidade, em Brasília, e manifestou preocupação com o início de vigência do Decreto 7.429, a partir do próximo dia 11 de dezembro, que passará a exigir a averbação da reserva legal nas propriedades rurais sob pena de multas aos agricultores e pecuaristas. "O agronegócio é uma questão de Estado e não merece estar nesta situação de insegurança jurídica total e absoluta", ressaltou. Questionada sobre a possibilidade de votação do novo Código Florestal somente em 2012, a senadora afirmou ter confiança nos deputados e informou que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), acertaram a análise da matéria até o dia 21 deste mês. "A presidente Dilma Rousseff está empenhadíssima na aprovação e os deputados chegarão a um consenso e ao entendimento de que o texto aprovado no Senado é o texto possível. É claro que ficamos com algumas demandas, mas o Código Florestal não é uma obra perfeita", enfatizou a presidente da CNA. Ela acrescentou que os parlamentares devem ser procurados pelos presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária e dos sindicatos rurais para que a matéria seja votada em 2011. A presidente da CNA reiterou que, com um novo Código Florestal, o Brasil não terá mais desmatamentos e continuará com a "maior e mais barata agricultura tropical do planeta", que hoje preserva 61% dos seus biomas e produz em 27,7% do território nacional. "Temos muito para ensinar a outros países que não preservam nada das suas coberturas vegetais originais", destacou. Assessoria de Comunicação CNA Telefone: (61) 2109 1411/1419 www.canaldoprodutor.com.br