Farsul

Produtores pedem monitoramento de preços após leilões de arroz

Produtores pedem monitoramento de preços após leilões de arroz




Os arrozeiros solicitaram ao governo federal que mantenha um monitoramento rigoroso dos preços do cereal após a realização dos leilões de estoques públicos. O assunto foi um dos temas da reunião da Câmara Setorial Nacional do Arroz, realizada na casa da Farsul, na Expointer. O temor é de que a venda do produto derrube as cotações, atualmente em R$ 34,93, a saca de 50 quilos, segundo o Cepea/Esalq. Nesta sexta-feira, ocorre o primeiro leilão da Conab, colocando no mercado 50 mil toneladas. O plano do Ministério da Agricultura é realizar pregões quinzenais, ofertando no mínimo 500 mil toneladas com a série. "A avaliação dos preços de mercado depois do leilão tem de ser rápida. Porque, se os preços começarem a despencar, vai ficar difícil levantar. Com as prorrogações dos vencimentos de financiamentos, para outubro e fevereiro, tem muito produtor com produto estocado. Se começarem a colocar arroz privado de um lado, tendo os leilões públicos de outro, há um risco de queda dos preços", afirmou o presidente da Câmara Setorial e da Comissão de Arroz da Farsul, Francisco Schardong. "O governo não tem interesse de fazer com que os preços caiam. Sabemos que isso custa muito caro", disse o técnico de planejamento da Conab, Paulo Morceli, referindo-se a gastos com medidas de apoio ao produtor em momentos de preços abaixo do mínimo. Segundo Morceli, a avaliação de preços de mercado ocorre semanalmente e, se for constatada queda relevante nas cotações, os leilões deverão ser suspensos.