Produtores pedem monitoramento de preços após leilões de arroz

Produtores pedem monitoramento de preços após leilões de arroz

28/08/2012 16:05

Os arrozeiros solicitaram ao governo federal que mantenha um monitoramento rigoroso dos preços do cereal após a realização dos leilões de estoques públicos. O assunto foi um dos temas da reunião da Câmara Setorial Nacional do Arroz, realizada na casa da Farsul, na Expointer. O temor é de que a venda do produto derrube as cotações, atualmente em R$ 34,93, a saca de 50 quilos, segundo o Cepea/Esalq. Nesta sexta-feira, ocorre o primeiro leilão da Conab, colocando no mercado 50 mil toneladas. O plano do Ministério da Agricultura é realizar pregões quinzenais, ofertando no mínimo 500 mil toneladas com a série. ?A avaliação dos preços de mercado depois do leilão tem de ser rápida. Porque, se os preços começarem a despencar, vai ficar difícil levantar. Com as prorrogações dos vencimentos de financiamentos, para outubro e fevereiro, tem muito produtor com produto estocado. Se começarem a colocar arroz privado de um lado, tendo os leilões públicos de outro, há um risco de queda dos preços?, afirmou o presidente da Câmara Setorial e da Comissão de Arroz da Farsul, Francisco Schardong. ?O governo não tem interesse de fazer com que os preços caiam. Sabemos que isso custa muito caro?, disse o técnico de planejamento da Conab, Paulo Morceli, referindo-se a gastos com medidas de apoio ao produtor em momentos de preços abaixo do mínimo. Segundo Morceli, a avaliação de preços de mercado ocorre semanalmente e, se for constatada queda relevante nas cotações, os leilões deverão ser suspensos.