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Projetos ambientais podem ser uma nova oportunidade de negócios

Projetos ambientais podem ser uma nova oportunidade de negócios


Como utilizar o mercado de serviços ambientais por meio de projetos ambientais foi um dos assuntos debatidos na Bienal dos Negócios da Agricultura do Brasil Central, realizado na última semana, em Goiânia. Segundo o coordenador de Projetos Florestais da The Nature Conservancy, Gilberto Tiepolo, os produtores podem encontrar uma nova oportunidade de negócio. "A atuação deve ser integrada conservando os ecossistemas, garantindo os serviços ambientais e a sustentabilidade do negócio e gerando benefícios econômicos". A ideia desses projetos é compensar os produtores pelas áreas restauradas e pelas conservadas. Exemplo de projeto de pagamentos por serviços ambientais é o Cantareira, que através da sua bacia hidrográfica abastece 9 milhões de pessoas em São Paulo. Foram apresentados um Case de Fatores de sucesso do produtor fictício Zé Tranquilo, onde foram apresentados aos produtores pelo presidente da consultoria Agrosecurity, Fernando Pimentel, como forma de melhorar o gerenciamento da atividade agrícola. Pimentel citou algumas boas práticas que podem ser seguidas pelos produtores rurais, como antecipar a compra de insumos para aproveitar o período em que eles estão mais baratos, escalonar as vendas, evitar as mobilizações excessivas de capital e produzir em grande escala a partir da formação de cooperativas. Rodolfo Hirsh, representante do Rabobank, falou sobre as Oportunidades e Desafios na Verticalização da Produção Agrícola, citando exemplos de integração vertical no agronegócio, como a prática da soja com a distribuição de insumos, criação conjunta de aves e suínos e vinícolas que têm a própria plantação de uva."É uma das alternativas do produtor de governar uma relação comercial", explicou. Hirsh também aconselhou os produtores a pensar no capital investido e ter cuidado com retornos muito altos, pois os riscos também podem ser altos. "Ao longo da cadeia produtiva o retorno do capital investido costuma ser em torno dos 10%", pontuou. O Case El Tejar: um novo modelo de negócio foi apresentado por Horácio Ackermann, CEO de El Tejar. Segundo ele, "a terra é escassa, então a demanda de alimento é um grande desafio". Ackermann disse que a empresa adota o modelo de agricultura holística e visa a melhoria constante. "Gerenciamos a produção agrícola em terras próprias e campos de terceiros, por meio de um sistema de plantio direto e rotação de cultivos. Nossa estrutura operacional é descentralizada e apreciamos o uso de novas tecnologias". O modelo de negócio da El Tejar atua em uma rede que movimenta mais de 5 mil empresas em vários países. No Brasil, já estão presentes há mais de oito anos, especialmente na região do Mato Grosso. Assessoria de Comunicação do Sistema FAEG/SENAR (62)9255-3738 www.faeg.com.br