O presidente do conselho administrativo do Senar-RS e do Sistema Farsul, Carlos Sperotto destacou as ações desenvolvidas pela entidade no Rio Grande do Sul no que diz respeito a promover a informação e a levar o conhecimento tecnológico ao produtor e trabalhador rural, durante seu discurso, na abertura da 37ª Expointer. Estamos preocupados em repassar a tecnologia para o homem do campo", disse Sperotto, destacou, também, a participação da entidade na construção da informação em relação ao preenchimento do Cadastro Ambiental Rural (CAR), exigência do novo Código Florestal. "O Estado está de parabéns por ter unificado o entendimento do CAR. Todas as entidades ligadas ao meio ambiente e os setores da economia do campo estão conscientes. Isso foi traduzido em uma cartilha com normas para preenchimento do cadastro, que, nesta semana, teve adesão do Ministério Público, responsável por revisar o conteúdo", disse Sperotto, que entregou, ao final de seu pronunciamento, um exemplar do relatório de atividades da entidade, alusivo aos 20 anos do SENAR-RS à Presidenta Dilma e ao governador Tarso Genro. A presidente ressaltou em seu discurso, aparceria entre Senar e governo federal, "produzindo no Pronatec a formação de jovens, homens e mulheres, que absorvem tecnologia e inovação e se tornam técnicos de qualidade".Outros pontos destacados pelo presidente Sperotto:O dirigente ainda aproveitou o momento para lembrar os prejuízos que vêm sofrendo os produtores de trigo e os conflitos fundiários no Estado. "Foram lembranças, e não cobranças", disse. "Consideramos fora de foco a discussão agricultura familiar versus agronegócio. Isso só divide. Fica a sugestão aos futuros governantes de unificar os ministérios", disse Sperotto. Para o dirigente, os agricultores familiares também estão inseridos no agronegócio. A divisão contribui para a enfraquecer a classe, opina.O presidente do Sistema Farsul ainda lembrou que os produtores de trigo enfrentam prejuízos, especialmente após retiradas temporárias da Tarifa Externa Comum terem estimulado importações e derrubado os preços no mercado interno. Segundo Sperotto, a perda foi de R$ 300 por tonelada colhida. "Temos 500 mil toneladas de trigo estocadas, que vão ficar, acredito, para ração animal. Estão arrumando dinheiro para outra safra e ainda não resolveram esta safra", disse, após a cerimônia. O Ministério da Agricultura anunciou nesta semana recursos para garantir o preço mínimo a partir da colheita da safra que começará a ser colhida.Sperotto ainda ressaltou a importância de o produtor ter segurança para trabalhar. "Lembrei ao governador (Tarso Genro) que Esmeralda quer calma. O município está com uma propriedade invadida com reintegração de posse determinada há 25 dias, e conflito iminente, tendo em vista o reforço de invasores. Passamos ao governador, e ele ficou de fazer a reintegração", afirmou. A abertura ainda contou com Desfile dos Campeões e pronunciamentos do governador Tarso Genro, do prefeito de Esteio, Gilmar Rinaldi, do presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, do presidente da Ocergs, Vergílio Perius, do presidente da Febrac, Eduardo Finco, e do presidente do Simers, Cláudio Bier.