Um patrimônio brasileiro que não pode ser criminalizado
Um patrimônio brasileiro que não pode ser criminalizado
Se o Código Florestal não for alterado, deixarão de ser produzidos 7 milhões de toneladas de arroz nas várzeas do Rio Grande do Sul. Por este, e por tantos outros motivos, mais de 22 mil produtores rurais de diversos Estados do País se reúnem em frente ao Congresso Nacional na próxima terça-feira, dia 5 de abril. A mobilização quer conscientizar o Congresso Nacional e toda a sociedade brasileira de que o Código Florestal é um assunto do interesse de todos, que impacta diretamente na produção de alimentos no Brasil. A aplicação do Código Florestal, como está hoje, também interfere no cultivo de café nas encostas e morros do Sul de Minas e da Zona da Mata mineira, responsáveis por 40% da produção brasileira. O Brasil deixaria de ser o maior produtor mundial de café, após mais de um século. O mesmo ocorreria com a produção de banana no Vale do Ribeira, de maçã em Santa Catarina e de uva, no Rio Grande do Sul. Enfim, a aplicação da lei teria um efeito muito maior do que o que poderia ser causado pela mais extrema calamidade natural. Pela mudança do Código Florestal, os produtores rurais chegarão a Brasília em 500 ônibus. "Os produtores rurais virão para Brasília para mostrar de forma pacífica, cívica, ao Congresso Nacional que o quadro de insegurança jurídica prejudica as atividades no campo e que por isso é preciso modernizar a legislação ambiental", afirmou a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu. Ela lembra que a agropecuária é um "patrimônio brasileiro que não pode ser criminalizado". GOIÁS A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás - FAEG reuniu aproximadamente sete mil produtores rurais goianos para a mobilização. Está prevista a chegada de 150 ônibus e 500 carros. O presidente da FAEG, José Mário Schreiner, acredita que a aprovação do Código Florestal Brasileiro vai garantir segurança jurídica para os produtores rurais de Goiás e do Brasil poderem trabalhar com mais tranquilidade. SANTA CATARINA A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina - FAESC levará uma centena de líderes sindicais rurais à capital federal. "O objetivo é pressionar os parlamentares pela aprovação do projeto, que será votado em breve. Os nossos produtores estão inseguros com as alterações das leis ambientais. Queremos demonstrar ao Congresso Nacional a urgência em atualizar o Código Florestal", defende José Zeferino Pedrozo, presidente da FAESC. MATO GROSSO DO SUL A previsão da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul - FAMASUL, organizadora da caravana, é que mais de 600 produtores sul-mato-grossenses participem da mobilização. O presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas, Domingos Martins de Souza, fez parte da comitiva de Mato Grosso do Sul que, no início de março esteve em Brasília buscando o apoio dos parlamentares do Estado ao texto de Rebelo. "Fomos muito bem recebidos lá, mas agora é preciso que os produtores se mobilizem para obtermos mais adesões", ressaltou. PARANÁ A Federação da Agricultura e Pecuária do Paraná - FAEP organizou uma caravana com 100 ônibus e mais de 4 mil produtores rurais para pedirem urgência na votação do substitutivo do deputado Aldo Rebelo ao Código Florestal. O presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, ressalta a importância da concentração de produtores: "A manifestação é para mostrar aos deputados que é necessário mudar o Código Florestal, que transformou o produtor rural em criminoso e que isso seja feito rapidamente", explica. Além disso, o Código, segundo Ágide, contém dispositivos perversos que restringem a produção agropecuária, como a Reserva Legal de 20% nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, "onde 90% são pequenas propriedades", afirma. Para a FAEP, "o Código Florestal não atende à realidade do Brasil, um país que está se tornando líder mundial no agronegócio". CEARÁ Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará - FAEC, Flávio Saboya, é importante que a bancada federal cearense participe dessa discussão e aprove o relatório do deputado Aldo Rebelo, bastante discutido pela CNA, que busca também um consenso através da defesa do produtor rural e da proteção do meio ambiente. Produtores rurais do Ceará têm presença confirmada na mobilização, em Brasília, no dia 5 de abril. PARAÍBA O presidente da FAEPA, Mário Borba, afirma que é vital que todos os produtores da Paraíba e do Brasil tenham informações sobre o assunto, pois a discussão sobre o Código Florestal envolve os mais diversos segmentos e interesses. "É imprescindível que a votação pela atualização aconteça. O código atual está desatualizado e limita a produção rural", afirmou. MINAS GERAIS Aproximadamente 5 mil produtores mineiros estarão em Brasília, no dia 5 de abril, com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais - FAEMG. OUTROS ESTADOS Quase todos os Estados confirmaram presença na mobilização pela Votação do Código Florestal. No dia 5 de abril, no Congresso Nacional, o setor agropecuário estará representado por mais de 22 mil produtores rurais. PROGRAMAÇÃO 8h- Chegada dos ônibus de diversos Estados do Brasil 9h- Reunião em frente ao Congresso Nacional e início da mobilização com a execução do Hino Nacional e um toque de berrantes 9h30/10h30 - Missa campal. Após a missa, a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, estará à disposição da imprensa, na Esplanada dos Ministérios 10h30 - pronunciamentos de parlamentares na tenda principal, instalada em frente ao Congresso Nacional 12h30/13h30 - Hora do almoço - será servido um arroz de carreteiro preparado em grandes panelas instaladas no local da concentração 14h -grande abraço simbólico ao Congresso Nacional 15h/16h30 - Visitas aos deputados, na Câmara dos Deputados 17h - Retorno das caravanas aos seus Estados de origem Assessoria de Comunicação da CNA, com informações das Federações de Agricultura dos Estados (61) 2109-1382 / 2109-1419 www.canaldoprodutor.com.br