O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) de dezembro manteve o movimento de inflação no final de 2023. Apesar da queda de 5,6% no preço do barril de petróleo, dos fertilizantes e de energia elétrica, houve escalada na cotação do milho nos últimos dois meses, além de inflação em concentrados, silagem e sal mineral. Isso levou a variação de 0,25% no ILC de dezembro. Os dados foram divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul nesta segunda-feira (29/01).
No acumulado do ano, o indicador apresentou deflação de 25,4%. Esse movimento desinflacionário do ILC segue o comportamento das leituras anuais e de indicadores de inflação nas cestas de commodities, como o IICP e o IIPR, que fecharam o ano com deflação de 18,21% e 9,45%, respectivamente.
"O resultado deste ano foi muito positivo para diminuir os efeitos causados pela pandemia no custo de produção. Entretanto, quando comparamos o ILC em dezembro de 2023 com o período pré-pandemia (dez/2019), observamos que os preços da cesta de insumos do índice está 68% maior que os preços praticados em 2019, isso é deveras superior a inflação oficial (IPCA) acumulada no mesmo período que foi de 27,75%. Agora quando confrontamos o preço ao produtor (Emater) e o ILC, verificamos que o preço do leite caiu 20,3%, ou seja, somente um percentual menor desta deflação nos insumos foi incorporada nas margens dos produtores de leite em 2023", completa o documento.
Para janeiro, a Assessoria Econômica da Farsul aponta um movimento de continuidade na valorização dos preços do milho. Em conjunto com a retomada do preço do barril de petróleo e do dólar, isso pode puxar para cima as cotações dos demais insumos, elevando a expectativa de inflação.

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