Reprodutores melhoradores são apenas 5%
Reprodutores melhoradores são apenas 5%

Apenas 5% dos cerca de 450 mil touros que o Brasil demandaria anualmente para reposição, sendo 30 mil no Rio Grande do Sul, são animais melhoradores, oriundos de programas de melhoramento genético. ?A proporção é muito pequena. Noventa e cinco por cento são touros sem avaliação ou garantia?, afirmou o zootecnista Vanerlei Roso, sócio da Gensys Consultores Associados, palestrante De Onde Virão os Terneiros?, 44ª. Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio, da Casa Rural ? Centro do Agronegócio, realizada nesta quarta-feira, na Casa da Farsul em Esteio. Segundo Roso, essa realidade prejudica a produtividade da pecuária brasileira. ?Proporcionalmente, temos poucos rebanhos de seleção, que participam de programas, dado o tamanho do nosso rebanho comercial?, disse Roso. Segundo o especialista, parte desse problema é cultural, com pouca valorização da seleção entre produtores comerciais e mesmo entre quem trabalha com animais de raça destinados a reprodução. No entanto, o técnico alerta que não adianta dar um grande passo genético em propriedades com problemas básicos de manejo e nutrição ou sanitários. Roso também criticou uma prática, ainda existente, de seleções voltadas para maior peso. Segundo ele, nas condições de campo e manejo da maioria das propriedades brasileiras, o ideal é se trabalhar com animais de tamanho intermediário, sob pena de se ter perdas em produtividade. O seminário de ?Onde Virão os Terneiros?? é organizado pelo Sistema Farsul, em parceria com Departamento de Zootecnia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com apoio de Zero Hora e patrocínio do Juntos Para Competir, um programa desenvolvido por Farsul, Senar-RS e Sebrae.